Maternidade, paternidade e dia a dia
Estabelecendo uma rotina de equilíbrio e companheirismo.
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Com a chegada de um bebê, tudo se transforma e passa a ter um novo significado na vida da mamãe e do papai. Uma criança é sempre fonte de alegria e renovação, mas com ela o casal aprende a enfrentar novos desafios e a superar seus medos, tornando a relação em família um elo forte e duradouro.
No início, é normal que os casais tenham dificuldades de se adequar à nova rotina. Isto porque, além dos cuidados com a criança, é necessário estabelecer um novo ritmo de vida, que deve ser encontrado com muito diálogo, compreensão e dedicação mútua.
Para entender melhor como encontrar equilíbrio durante essa nova fase da vida, confira a seguir a matéria que preparamos.
Diálogo e observação são fundamentais
Durante a gestação, as mães experimentam um sentimento diferente dos pais. Elas se conectam de maneira mais profunda e podem, desde início, sentir na pele a mudança física e psicológica daquele ser que carrega em seu ventre.
A espera dos pais, no entanto, não se torna menos bela ou intensa. Eles são responsáveis por cuidar e proteger, apoiar e compreender todas as etapas que antecedem o nascimento do bebê. E é nesse ambiente de amor e segurança que uma família se inicia.
Mas quando o grande momento chega, com o filho (a) em seus braços, ambos percebem que a verdadeira jornada como mães e pais apenas começou!
Os 40 primeiros dias de uma criança são o momento de maior preocupação e insegurança do casal. Toda rotina que eles tinham já não atende às novas necessidades da família e, juntos, eles devem tentar descobrir o ritmo ideal para esse momento.
Tudo é muito novo, cada um ainda está se descobrindo e descobrindo uns aos outros como família. Então, é natural levar um tempinho até tudo se encaixar.
Para que isso aconteça, é essencial que o casal dialogue abertamente sobre seus medos, insatisfações, angústias e as perspectivas para o futuro.
Conversar e saber escutar é essencial para a saúde familiar, assim como observar o outro, perceber quando se deve assumir alguma tarefa para deixar o parceiro descansar, comer algo gostoso depois de um dia extenuante, entre outras coisas, são pequenos atos que fazem uma grande diferença no dia a dia.
Dessa maneira, o casal compreende como está lidando com as dificuldades e como cada um se sente em relação à nova rotina. E claro, sempre haverá ajustes à medida que as necessidades vão surgindo, é algo que vai fluindo naturalmente se o casal tiver diálogo e compreensão.
O papel do pai e da mãe na vida da criança
Com as diferentes constituições de família nas últimas décadas, muito vem sendo debatido sobre quais seriam os reais papéis da mãe e do pai dentro do seio familiar.
Uma vez que a ideia de que o pai é apenas o provedor e a mãe é a cuidadora está ultrapassada, abre-se uma nova perspectiva na hora de delegar as tarefas que tradicionalmente seriam apenas de um dos parceiros.
A modernidade trouxe consigo conquistas justas e necessárias para as mulheres. Hoje elas se preocupam e se dedicam às suas carreiras profissionais, assim como os homens. Assim, permanecer exclusivamente em casa é uma escolha pessoal e que deve ser tomada juntamente com seu respectivo parceiro ou parceira.
Com pais e mães com uma vida corrida, agitada e cheia de compromissos, como delegar as responsabilidades com a criança que acaba de chegar a essa família?
Primeiramente, devemos pensar na criança como uma prioridade indiscutível. A divisão de tarefas vai variar de acordo com cada família e suas respectivas necessidades, não existe uma única maneira de fazer as coisas funcionarem, mas vários caminhos que os parceiros devem decidir juntos.
Naturalmente, existem atividades que - na maioria das vezes - estão relacionadas à mãe, como a amamentação, por exemplo. Para auxiliar nesse momento, o companheiro pode colocar a criança para arrotar ou ninar, se preciso. O importante é que os dois apoiem um ao outro, avaliando os níveis de exaustão física e emocional.
Em resumo, os papéis do pai e da mãe na vida da criança, assim como dentro da organização familiar, são flexíveis, ficando por conta do casal, por meio do diálogo, definir essa divisão de tarefas.
Também é importante lembrar que por ainda não ter os cinco sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição) completamente desenvolvidos, o recém-nascido precisa de uma rotina e de atividades que reforcem a conexão emocional com os pais.
O bebê necessita de:
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Uma rotina previsível
Fazer as coisas sempre no mesmo horário, para que o cérebro dele entenda como será aquele dia e se adeque às atividades com tranquilidade.
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Praticar o exercício da solidão
O bebê deve aprender a lidar com a “solidão”. Isso não quer dizer a ausência total dos pais, afinal, sempre haverá um deles por perto. Mas a criança deve ter esses momentos de dormir sozinha no bercinho, brincar um pouco enquanto os pais estão ocupados e, assim, ter mais autonomia à medida que vai crescendo.
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Conexão com os pais
Nem todo choro é fome ou cólica. Aprender a entender as necessidades do bebê vem com tempo, observação e muita percepção. Olhar no olho, conversar com a criança, dar colo e muito afeto fortalecem essa conexão entre os pais e o bebê.
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Terapias calmantes
O uso de óleos essenciais, massagens relaxantes e música propicia momentos relaxantes, que acalmam a criança e unem toda a família.
Nesses primeiros 90 dias, busquem se voltar para a construção do ninho familiar. Evitem receber muitas visitas e tenham a autonomia de decidir o que funciona para sua família. E claro, não esqueçam do mais importante: o amor!